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Direitos Humanos para Humanos Direitos – Reflexões Contemporâneas

  • Foto do escritor: Thaís e Elma
    Thaís e Elma
  • 28 de jan.
  • 3 min de leitura

Direitos Humanos para Humanos Direitos – Reflexões Contemporâneas


Introdução:A lógica de desumanização que sustentou a exclusão de corpos negros nos séculos XVIII e XIX ainda persiste no mundo contemporâneo. O racismo estrutural continua a moldar as sociedades em todo o mundo, limitando o acesso de pessoas negras a direitos fundamentais e perpetuando desigualdades.

Neste texto, vamos refletir sobre como os direitos humanos, tal como concebidos, ainda falham em incluir plenamente corpos negros e como o racismo estrutural sustenta essa exclusão.


O Legado da Exclusão

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Os direitos humanos foram historicamente construídos para proteger apenas um grupo específico: corpos brancos, masculinos, heteronormativos. Esse modelo de exclusão está tão enraizado nas estruturas sociais que, mesmo séculos depois, ainda define quem é visto como plenamente humano e quem não é.

No contexto contemporâneo, essa exclusão pode ser vista em várias áreas:

  • Injustiça econômica: A concentração de riqueza e recursos nas mãos de grupos historicamente privilegiados perpetua as desigualdades econômicas entre brancos e negros.

  • Desigualdade no acesso a direitos básicos: Educação, saúde, moradia e segurança continuam sendo menos acessíveis para populações negras em todo o mundo.

O racismo estrutural, que sustenta essas desigualdades, é o resultado direto da exclusão histórica promovida pelos conceitos originais de direitos humanos.

Desumanização no Discurso Contemporâneo

A desumanização de corpos negros, que começou como um discurso filosófico e científico, persiste até hoje em narrativas sociais e jurídicas. Quando uma pessoa negra é vítima de violência frequentemente ouvimos justificativas que reforçam sua desumanização:

  • "Era envolvido com o crime."

  • "Não deveria estar naquele lugar."

Essas narrativas ecoam os mesmos discursos que, no passado, justificavam a escravidão e a exclusão de corpos negros dos direitos humanos. Elas reafirmam a ideia de que pessoas negras não são plenamente humanas e, portanto, não são dignas de direitos.


Por que ainda falamos em "Humanos Direitos"?

O título "Direitos Humanos para Humanos Direitos" não é apenas uma provocação. Ele reflete uma realidade em que, para serem reconhecidos como dignos de direitos, corpos negros precisam provar constantemente sua "moralidade" ou "bondade".

Essa lógica é uma extensão do racismo estrutural, que condiciona o acesso a direitos básicos a comportamentos específicos. No entanto, direitos humanos não deveriam ser condicionais. Eles deveriam ser garantidos a todos, independentemente de raça, classe ou qualquer outro fator.


A Persistência do Colonialismo

O colonialismo formal pode ter acabado, mas seu legado permanece vivo. As instituições que estruturam nossas sociedades – sistemas de justiça, saúde, educação e economia – foram criadas em um contexto colonial e continuam a reproduzir desigualdades raciais.

Por exemplo, a ideia de que algumas vidas têm mais valor do que outras é uma herança direta do colonialismo. No mundo contemporâneo, isso se traduz em:

  • Taxas de encarceramento desproporcionais para pessoas negras.

  • Negligência no atendimento de saúde para comunidades negras.

  • Barreiras sistêmicas para o acesso à educação e ao mercado de trabalho.


Ressignificando os Direitos Humanos

Para que os direitos humanos sejam verdadeiramente universais, precisamos ressignificá-los. Isso começa com o reconhecimento das experiências e contribuições de povos marginalizados, como o povo negro.

O PADÊ propõe uma nova visão, baseada na ancestralidade, na memória e na resistência. Empretecer os direitos humanos significa olhar para além do discurso eurocêntrico e colonial e criar um espaço onde todas as vidas sejam valorizadas e respeitadas.


Conclusão:Os direitos humanos, em sua forma original, falham em proteger plenamente corpos negros porque foram construídos em cima de uma lógica de exclusão. Para superar isso, precisamos empretecer essa narrativa, confrontando as estruturas que perpetuam o racismo e reconstruindo os direitos humanos com base na equidade e na justiça.


Gostou dessa reflexão? No próximo post, discutiremos como o conceito de empretecer os direitos humanos pode transformar nossa sociedade e nos aproximar de um futuro mais justo. Acompanhe o blog e compartilhe sua visão nos comentários!

Se quiser aprofundar no tema se matricule na nossa Gira: Direitos Humanos para Humanos Direitos!




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