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Reflexões sobre Masculinidade: Uma intersecção de Gênero e Raça!

  • Foto do escritor: Thaís e Elma
    Thaís e Elma
  • 4 de fev.
  • 2 min de leitura


Introdução

 Quando indagados sobre "o que é ser homem?", nossas respostas frequentemente emergem de construções subconscientes, experiências pessoais e os papéis que desempenhamos, quer como agentes propagadores ou receptores dessas normas. Neste contexto, "ser homem" é uma noção amplamente estabelecida socialmente, mas também profundamente influenciada por fatores como raça e gênero.


Masculinidade sob a Ótica da Supremacia Branca 

A supremacia branca molda a perceção de gênero de maneira que se torna simultaneamente rígida e flexível para pessoas não brancas. Como Vergès (2021) aponta, o binarismo de gênero é um atributo da branquitude, desafiando as percepções comuns que temos sobre masculinidade e feminilidade.


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A Dualidade de 'Ser Homem' Existem duas dimensões principais nesta discussão: primeiro, a ideia de masculinidade como oposta ao feminino, caracterizada pela dicotomia entre razão e emoção, força e sensibilidade. Segundo, a masculinidade também é vista como uma competição entre diferentes "tipos" de homens, onde um ideal dominante prevalece sobre os demais. Essa concepção de gênero é inseparável do viés racial, que tem suas raízes no colonialismo e perpetua desigualdades.


Masculinidades Múltiplas e Interseccionais 

Como Vigoya (2018) explica, a masculinidade não é um atributo inerente aos homens, mas uma noção relacional contrastada com diversas masculinidades, cada uma moldada por variáveis sociais como classe, idade, raça, etnia e localização geográfica. Essas variáveis organizam hierarquicamente as relações entre os homens e entre homens e mulheres, destacando as desigualdades subjacentes.


O Papel de Outros Fatores Sociais 

Além de gênero e raça, outros fatores como classe social, nacionalidade e posição na ordem mundial também desempenham papéis cruciais na forma como as masculinidades são construídas e experienciadas. O entendimento de que as masculinidades são simultaneamente construídas em campos inter-relacionados de poder — com mulheres e entre homens — destaca o sexismo e a homofobia como elementos constitutivos dessa construção social.


Reflexão Crítica e Autonomia 

Este diálogo sobre masculinidade visa incomodar, provocar reflexão e, eventualmente, estimular a autonomia de pensamento. Não se trata de uniformizar o pensamento, mas de proporcionar acesso a um espectro mais amplo de informações para que as escolhas individuais possam ser verdadeiramente livres e informadas. Afinal, como Bola (2019) observa, o patriarcado permeia a família, o sistema educacional e a mídia, moldando as expectativas sobre como os homens devem se comportar.


Conclusão 

Ao explorar "o que é ser homem" através das lentes de gênero e raça, confrontamos normas estabelecidas e desafiamos estruturas de poder enraizadas. A masculinidade hegemônica, como discutida por Trevisan (2021), é apenas uma das muitas faces da masculinidade. Reconhecer a diversidade e a complexidade das experiências masculinas é crucial para desmantelar os padrões opressivos e abrir caminho para relações mais igualitárias e autênticas entre todos os gêneros.


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